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23 junho, 2008

Fortes ventos abalam os bastidores da política



Há nesses dias, uma grande agitação no mar de tormentas em que se tornou a atividade política local. Os dois grandes grupos políticos no município, batalham para ver quem provoca mais baixa no terreno inimigo, retirando aliados um do outro.

O Ex-prefeito Chico Leitoa atira com o poder de fogo de quem é aliado histórico do governador do Estado, Jackson Lago.

A prefeita Socorro Waquim, não deixa barato e usa o poder de "convencimento" de quem comanda a prefeitura do 3º maior município do Estado depois da capital.

E puxa de um lado e puxa do outro, alguns partidos da base da prefeita estão na corda bamba. Entre os tais PPS, PSDB, DEM e PHS.

O PT que é da base governista no município desde 2004, poderá ter problemas, já que há a possibilidade do DEM indicar o vice-prefeito. Há quem diga que esta é a condição sem a qual os ex-PFL sai da base socorrista.

Nessa viagem, tanto comandantes como marinheiros, especialmente os de primeira viagem, ficam nervosos a cada fato novo. Marinheiros mais antigos já não sentem o enjôo deste balançar.

Mas a tempestade mesmo só vai passar depois do dia 30 de junho, quando se encerra o prazo para as convenções pártidárias. Antes disso, haverá uma enxurrada de fofocas e sopros de ventos ensurdecedores, o que provocará mais balanço, mais enjôo e muitas incertezas aos navegantes.

Na reta fianal, os comandantes experientes darão seus comandos, decidirão os rumos da tropa e a tempestade logo arrefece.

Será duro, mas quem sobreviver verá.

11 junho, 2008

Yeda x Dilma x Serra: os critérios da mídia grande

Por Eduardo Guimarães, no blog Cidadania.com (http://edu.guim.blog.uol.com.br/)



Eu diria até que as acusações a Yeda e a Dilma estão sendo noticiadas com a mesma intensidade. A diferença é que, quanto a Dilma, não há condicional, o tom é o de que ela é culpada e pronto, e, no que tange a Yeda, o tom é de cautela. Mas o volume do noticiário é parecido.



Sobre o caso Alstom, no qual pesam suspeitas sobre o governador do Estado, José Serra, contra seu antecessor, Geraldo Alckmin, e contra o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, sobre esse caso está sendo muito difícil encontrar informações.



Os critérios da mídia são insondáveis. Se você perguntar ao PIG por que dá tanto destaque ao caso Varig e ignora o caso Alstom, ele dirá que é porque o caso Varig é federal e o caso Alstom é de São Paulo.



Uma informação: conversei mais uma vez com o ombudsman da Folha sobre isso e ele me deu essa explicação para a muito maior intensidade das críticas ao governo federal em contraposição à falta de críticas ao governo paulista.



Bem, mas como eu ia dizendo, antes de interromper a mim mesmo, dizem que a mídia pega mais pesado com o caso Varig do que com o caso Alstom porque o caso Varig é federal. Mas e o caso Yeda Crusius? Por que, então, é noticiado muito mais do que o caso Alstom se os dois são estaduais?



Para você que tem tido essas dúvidas e não tem sabido verbalizá-las - ou escrevê-las -, prestei-lhe o serviço de pôr em palavras, de forma simples, suas questões. Nem precisa me agradecer - o número da conta eu passo depois...



Mas não terminei ainda. Quero pedir aos leitores concordantes e discordantes que atentem para a substância das denúncias de cada um dos casos.



No caso Varig, não há nada concreto além das acusações de uma funcionária do segundo escalão do governo Lula. A moça não tem documento nenhum, nada além de sua palavra. E sabe-se que ela saiu descontente do governo.



No caso Alstom, a denúncia contra Alckmin, Kassab e outros não vem nem de brasileiros ou de pessoas físicas. Quem denunciou que a multinacional andou dando dinheiro para campanhas políticas em troca de gordos contratos com o governo de São Paulo foram o Wall Street Journal e a justiça suíça.



Já no caso Yeda Crusius, este está sendo noticiado bem dentro dos conformes e com fartura de provas. Quem acusa é o vice-governador do Rio Grande, integrante de um partido insuspeito de ser petista. E acusa COM provas.



O que está fora de lugar são os casos Varig e Alstom. Um está sendo noticiado além do que há de concreto, e o outro, muito, mas muito, mas muito aquém mesmo do que há de concreto.



Os critérios da mídia grande são insondáveis. Se perderem em mistério para outros critérios, só se for para os critérios do Todo-Poderoso. E olhem lá...

09 junho, 2008

Os Se do PIG

Se o Rio Grande do Sul fosse o Piauí, a corrupção ganharia manchete 24h por dia em todos os canias de TV, emissoras de rádio e "grandes" jornais.

Nas revistas semanais alinhadas ao PIG, teríamos as transcrições de gravações de audio flagrando a corrupção.


Mas o Rio Grande do Sul não é o Piauí.

Se os governantes envolviodos em denúncias de corrupção fossem petistas teríamos um grande escândalo.

E as manchetes?

Elas seriam ilustradas com as cores e símbolos do partido, enfatizando que o PT é o partido do presidente da república.

Mas os governantes do Rio Grande do Sul são do PSDB e do DEM.

Só por isso perdemos um escândalo.

Perdemos os especiais de jô Soares e suas analistas "isentas".

Então temos que nos conformar com as manchetes da boa imprensa alternativa.

A via-crúcis de Yeda


A corrupção no Detran e as cruzes de Yeda

06 junho, 2008

Alstom e PSDB, um não escândalo

O esquema de pagamento de propina pela multinacional Alstom foi descoberto no exterior.

No Brasil a Alstom tem relações íntimas com o governo tucano do Estado de São Paulo.

E se o governo do Estado de São Paulo fosse do PT?

Eu não duvido que o PIG chamaria o Bush para derrubar Lula.

Ms como tudo se passa no ninho tucano o PIG faz operação A-BA-FA!



E viva a imprensa livre!