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14 dezembro, 2008

Virá do oriente?

Japão, China e Coréia do Sul criam frente contra a crise

Fonte: www.vermelho.org.br

Os governos de Japão, China e Coréia do Sul anunciaram neste sábado (13) a criação de uma frente asiática contra a crise financeira, com o objetivo de transformar a região no ''centro do crescimento econômico mundial''.



Segundo um comunicado emitido após uma cúpula de um dia que reuniu os líderes dos três países, realizada em Fukuoka, sul do Japão, o novo eixo desenvolverá, além da cooperação na área econômica, parcerias de combate ao aquecimento global e medidas para negociar com a República Popular Democrática da Coréia o fim de seu programa nuclear militar. Ao todo, os acordos trilaterais firmados durante o encontro abarcam mais de 30 áreas.


''Nós aceitamos nossa visão e nossas responsabilidades na criação de um futuro pacífico, próspero e sustentável, seja para o extremo oriente ou para toda a comunidade internacional'', diz o texto, assinado pelo premier japonês, Taro Aso, pelo chefe de Governo chinês, Wen Jiabao, e pelo presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-bak.


Os três países concordaram que a cooperação deve se dar com base nos princípios de ''abertura, transparência, confiança recíproca e interesses comuns, respeitando nossa diversidade cultural''.


Sobre os efeitos da crise financeira, o documento aponta para a busca de soluções amplas que possam minimizar o impacto da turbulência global. ''Estamos determinados a definir uma sólida cooperação de caráter político, econômico, social e cultural'', acrescenta o texto.


Os três líderes voltarão a se reunir no ano que vem na China. Em 2010, haverá outro encontro, dessa vez na Coréia do Sul.


Japão, China e Coréia do Sul têm sido fortemente atingidos pelos estragos que a crise financeira causa agora na chamada economia real.


O Japão, por exemplo, viu sua economia — a segunda maior do mundo — entrar em recessão no último trimestre, sob o efeito das bruscas quedas registradas no fluxo de exportações. A China, por outro lado, principal mercado emergente do planeta, terá de lidar este ano com uma taxa de crescimento inferior aos altos índices com os quais se acostumou na última década.

Quanto pior melhor II.

Para alguns, quanto pior melhor.

11 dezembro, 2008

Será Lula de Novo?


Fonte: www.vermelho.org.br

A discussão sobre a sucessão presidencial em 2010 vai ser iniciada logo após o dia 20 de fevereiro do próximo ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornar do seu período de férias. Nessa data, ele vai marcar uma conversa com PT, PCdoB, PSB e PDT, dando início aos contatos com os partidos da base aliada para discutir o assunto. O anúncio foi feito por Renato Rabelo, que esteve em reunião com Lula na noite desta quarta-feira (10).


“Não defendemos a continuidade de Lula, mas, diante da crise e se o governo souber enfrentá-la bem, pode existir uma exigência espontânea da população para que ele continue”, avalia o presidente do PCdoB. Rabelo citou o exemplo do ex-presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt e o New Deal, o plano com que o governante estadunidense combateu a crise de 1929. Roosevelt foi o único presidente que cumpriu quatro mandatos.


Ele adianta que o debate sobre a ampliação do mandato do presidente Lula, no momento atual, não tem respaldo maior no âmbito do Congresso, mas destaca que “até o ano que vem, se a gente resolver bem a crise, pode surgir ambiente para essa discussão.”


O líder comunista disse que repetiu ao presidente Lula o que já tinha dito na reunião de segunda-feira (8), do Conselho Político: “estamos numa encruzilhada, se nos sairmos bem da crise que atinge o mundo todo, o prestígio dele (Lula) aumentará ainda mais; a segunda vertente da encruzilhada é se não resolvermos a crise e ela se aprofundar e provocar desemprego, aí o impacto será negativo para o governo.”