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30 janeiro, 2008

Municípios brasileiros precisam de Plano de Educação

Fonte: RadioagênciaNP

Menos da metade dos municípios brasileiros possuem um Plano Municipal de Educação (PME). A informação pertence ao Sistema de Informações dos Conselhos Municipais de Educação (Sicme). De acordo com o relatório, dos quase seis mil municípios brasileiros, apenas 41% já elaboraram um plano que define objetivos, diretrizes e rumos da educação do município.

Por meio do PME, o município também tem a possibilidade de gerar a inclusão das populações excluídas e a melhoria da qualidade da educação ofertada a todos os habitantes da cidade.

O plano deve ser criado por lei pela Câmara de Vereadores com a participação da sociedade a qual deve fiscalizar e cobrar sua execução dentro dos prazos estabelecidos.

O primeiro passo para a formação de um PME é a criação de um Conselho Municipal de Educação, um órgão colegiado formado por membros da sociedade e governo. O conselho pode avaliar quais são as prioridades em educação cada sua cidade.

O diretor do Departamento de Fortalecimento Institucional da Gestão Educacional do MEC (Ministério da Educação), Arlindo Queiroz, admite que os números estão longe do ideal. Os municípios perdem a oportunidade de usufruir o direito que a constituição lhes dá de criar seu próprio sistema de ensino.

São Luis:PT e PC do B se articulam para sucessão municipal


Fontes:
O imparcial (www.oimparcial.com.br)
Sítio Vermelho (www.vermelho.org.br)

Em reunião articulada pelo Presidente do PT municipal, Fernando Magalhães, e por Márcio Jerry, Presidente do Comitê Municipal do PC do B, os dois partidos iniciaram conversações com vistas a construção de uma aliança para as eleições municipais deste ano em São Luis. A reunião contou com expressivas lideranças das duas legendas, entre elas o diirigente nacional do Partido dos Trabalhadores, Washington Luiz, e o Deputado Federal Flávio Dino, pré-candidato a prefeito pelo PC do B.

A reunião foi marcada pelo debate sobre a conjuntura política municipal e as possibilidades que se apresentam para que um projeto mais a esquerda se viabilize. A viabilidade, na avaliação de petistas e comunistas, está expressa no desejo e demonstração que a população de São Luís tem dado na busca do novo expressa na votação a Deputado Federal do próprio Flávio Dino e do candidato a Senador pelo PT, Bira do Pindaré, nas eleições de 2006.

Em recentes pesquisas os nomes de ambos aparecem com destaque, o que leva a crer que a união de PT e PC do B fortalecerá e dará consistência ao sentimento já manifesto por parte da população de São Luís.

Segundo Fernando Magalhães, Presidente Municipal do PT este primeiro encontro foi para trocar impressões sobre o cenário político. Outros ocorrerão com o próprio PC do B e com outras legendas do campo popular e democrático. “É necessário um esforço para agrupar o campo democrático e popular, todos os setores progressistas, em torno de um programa e de candidaturas capazes de atender as principais reivindicações da população”, afirma Márcio Jerry.

Fé e política

Luiz Alberto Gómez de Souza *

Fonte: Adital

(Pensando em meus mestres H. C. Lima Vaz e Ernani Maria Fiori)
Mounier, em Feu la chretienté, 1950, pouco antes de morrer, tantos anos atrás, dizia que não se pode ser monarquista ou socialista porque cristão. Ele era um cristão que, com os instrumentos de análise social, fez uma opção socialista, não um socialista cristão, o que seria instrumentalizar a Fé e reduzi-la a uma ideologia e, além disso, não saber usar as categorias próprias das ciências sociais.

Fundamentalismo, em jargão cristão, é integrismo, um salto direto e no vazio entre a Fé e a opção política ou técnica. Respeitemos as distinções de níveis, grande aquisição da modernidade, diante das velhas ou novas cristandades. Podemos ver renascer entre nós os ayatolás, com as melhores das intenções. Creio que Dante dizia que estas forram o chão dos infernos (ou do purgatório?).

Optemos ou rejeitemos valentemente projetos políticos e técnicos, sem nos esconder nos pretextos da profecia, que é um gesto muito menos comum do que se pensa e seria uma arrogância querer aplicá-lo à ligeira. Muito menos o martírio. Já falei disso em texto anterior. Jung Mo Sung nos está ajudando a pensar.

Respeito muito Cappio e tenho enorme carinho por ele. Mas não deveria utilizar sua condição de bispo para uma posição destas. Faça-o como cidadão e ribeirinho apaixonado. E o coro de emocionalidades e lágrimas que se levantou, deveria pensar um pouco mais nas distinções da teologia e da política. Não abastardemos profecia e martírio. Ato político é ato político e não pode se esconder atrás de uma batina ou dos gestos dos novos "bien pensants". Que falta faz Mounier!

Um dos apoiadores disse ontem que agora o governo resolveu dialogar! Que loucura, desde o começo Gilberto e outros, incansavelmente, estão tentando. Claro, com rigidezes e simplificações de um ministro do próprio governo. Mas seu trabalho paciente topou com a inflexibilidade de Cappio e de seus assessores. Agora, o médico e o irmão dizem que acabou e greve e os assessores dizem que não. Porque não se substituem a ele? É fácil empurrar o outro para a morte. Aliás, nos jejuns, em princípio, ninguém morre. Gandhi sempre parou um pouco antes, mas manteve sua aura.

Uma profecia que se reduziria aos ribeirinhos, que não são os donos do rio e ao próprio rio, esqueceria todos os outros pobres nordestinos. Houve muitos debates técnicos e sempre um projeto pode ser melhorado, mas um governo não pode suspender tudo pelo gesto extremado de alguém, seja bispo ou não. A Justiça, por maioria, não viu argumentos técnicos sérios para parar o projeto.

É hora de um debate sério sobre categorias teológicas e políticas. Tenho a impressão que há muita política escondida atrás de uma declarada fé. Faz alguns anos, eu dizia que nos debates entre fé e política, tínhamos freqüentemente uma política com maiúsculas, instrumentalizadora e uma Fé com minúsculas. Em nome desta última, desconfio de certos movimentos que tendem para um certo integrismo, que não é propriedade da direita.

Terminando com Mounier, seu último e aceso debate foi com os católicos progressistas de seu tempo, um dos quais, que depois esteve em tantas posições, se chamava Garaudy. Há que ler seus textos publicados postumamente com o título: "As certezas difíceis" (Oeuvres, vol. 4, Seuil, Paris, 1963, pp.11-284). Ali ele dizia: "Quando um monge começa a se agitar, a Igreja se pergunta com angústia se ele será um Lutero ou um São Francisco de Assis. Mas, se essa efervescência de fronteiras é eliminada, nos separamos talvez de Lutero e nos privamos de São Francisco" (139). Num texto antigo, retomado neste livro: "... esta exigência (sair da tentação de uma ideologia e reflexos de esquerda ou de direita) nos dá um parentesco com os homens livres, especialmente este verdadeiro povo, talvez minoritário, aquele que não aceitou o sonho burguês e que dará sua alma à civilização que ele mantém por uma liberdade de coração, ainda que desajeitado em se exprimir. Será ele que salvará as forças da esquerda: o mais humilde serviço que nós poderíamos fazer, não seria renunciar à lucidez, mas unir nossa clarividência à sua generosidade, desembaraçando-o e nos desembaraçando das ideologias mortais" (pg.75). E o título de outro artigo é significativo: "Para um certo sangue frio espiritual" (107). Ali está aquela declaração que coloquei na introdução de uma das partes de meu último livro: "O cristão não abandona o pobre, o socialista não abandona o proletário, ou eles abjuram seu nome" (fevereiro de 1950, dias antes de sua morte). Vejam que ele não mistura cristão e socialista, sendo ele próprio as duas coisas.



* Sociólogo e ex-funcionário das Nações Unidas, é Diretor do Programa de Estudos Avançados em Ciência e Religião da Universidade Candido Mendes

29 janeiro, 2008

Raul Seixas tinha razão: ser prefeito é perigoso.

Levantamento do sitio de notícias G1, dá conta de que 11 prefeitos e 3 vice, foram assassinados no mandato que se iniciou em janeiro de 2005.

No Maranhão foram três os prefeitos assassinados no período: Hilter Alves Costa, de Ribamar Fiquene, Raimundo Bartolomeu Santos, de Presidente Vargas e João Henrique Leocádio Borges da cidade de Buriti Bravo.

Para o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, a função de prefeito é a mais arriscada de todos os gestores públicos.

28 janeiro, 2008

Zé Pereira: mais que trios e ritmos baianos

O Zé Pereira de Timon é famoso pelos trios elétricos e os ritmos musicais característicos do carnaval baiano.

Realizado anualmente na avenida Piauí, na semana que antecede ao carnaval, o Zé Pereira de Timon traz a estrutura de som, luzes, camarotes e blocos organizados nos moldes das grandes micaretas.

Mas a folia timonense extrapola os limites das cordas que separam quem pode e quem não pode pagar por um abadá.

Embora menos famosos, os tradicionais blocos de rua estão bem vivos e se fortalecem a cada ano.

Na tarde de domingo, os foliões se divertem e extravasam suas emoções ao som de velhas marchinhas carnavalescas.

A alegria contagia a gente de todas as idades.


Enquanto alguns protegem a identidade atrás de uma máscara....

...outros se exibem sem pudor, em plena avenida.

A manifestação popular espontânea, deixa claro que a estrutura mercadológica que envolve o Zé pereira, é incapaz de barrar a criatividade do povo.

24 janeiro, 2008

Sobre um brilhante expelidor de regras – e sobre vocês

Este artigo recebi pelo Crreio Caros Amigos
(http://carosamigos.terra.com.br/)

Muito bom.


por Roberto Manera

José Antônio Dias Lopes, que é uma pessoa que eu amo porque é um grande jornalista
e inventou o conhaque clandestino Elliot Ness, havia nos dito: “Descobri
em Veneza o maior escritor brasileiro”, e nós lhe perguntamos: “o que ele
já escreveu?” E ele nos respondeu: “ainda nada“.

Foi daí que a Veja e depois a Globo descobriram esse luminar – Diogo Mainardi
– e fizeram dele esse cagador de regras que o Brasil inteiro ouve, e às vezes
tristemente aplaude, todo santo dia.

Olha só o que o cara falou, no mesmo dia em que sua própria tevê exibia um
programa sobre como o futebol havia sido importante para a identidade de
um país da África: ele fez um trejeito veado com as sobrancelhas e disse
ao Lucas Mendes, com a non chalance dos que só pensam no que querem ser e
não no que são: “Futebol é irrelevante”.

Palmas! Palmas de vocês, que também acham que futebol é irrelevante, que
ganhar é sempre bom, até roubando; que acham que melhor é bombardear o Iraque,
e que toda a estrada, para vocês e o repulsivo ser que todo dia lhes fala,
vai dar no mar. Vocês merecem!

Merecem o Diogo Mainardi; o Fernando Henrique, que lhes roubou o pouco que
tinham, ao vender por preços ínfimos empresas que eram de todo o País; os
algozes meigos que lhes dizem, todo dia, nessa merda que vocês enganadamente
chamam “mídia”, que o Chávez – o da Venezuela –, que felizmente decidiu eliminar
o golpismo fechando aquela latrina espúria que defendia o golpe contra o
povo, é um “caudilho”. Eu posso lhes dizer, como repórter: conheci a Venezuela
nos anos 1960, quando todo aquele país não passava de um terreiro das petrolíferas
americanas. Era o inferno. Acreditem se quiserem. Ou prefiram a Seleções
do Reader’s Digest. Vocês já notaram que são livres? Pois é: exercitem essa
liberdade.

Para quem escolher o american way de exercitar a liberdade, eu digo: vão
se foder. E – vou lhes dizer – vocês vão mesmo. Porque o pensamento – sabiam?
– ainda existe. O povo é superior a toda essa merda que vocês aprenderam
nessa sua pérfida “escola de vida” dos homenzinhos de pau pequeno dos anos
cinqüenta, que saíram pelo mundo tentando afirmar sua masculinidade – e que
eu acho que forneceram o modelo que o Mainardi escolheu para sua vida brilhante
e inútil.

Mas isso é o que é irrelevante – é pouco. O que é relevante e existe, de
verdade, são o pensamento e o anseio dos povos. E nós somos muitos, percebem?
Muitos. Nós somos os Garabombos de Manuel Scorza; os Macaulés de Alejo Carpentier
e os Bolívares de Chávez. Vão ler e entenderão.
E muitos de nós – invencíveis, porque não temos essas medidas que a Globo,
a Veja e os jornais lhes (nos) impõem – somos quem haverá de fazer o amanhã.
Alinhem-se enquanto há tempo.


Roberto Manera é jornalista.

11 janeiro, 2008

O Cão, o lobo e as ovelhas da fazenda pública

Quando eu era criança, e isso faz muito tempo, eu via na televisão, um desenho animado que eu achava muito bom.

Embora, não me lembre do nome dos personagens e o roteiro seja muito conhecido, esse dezenho não me sai da memória porque sempre terminava cada episódio com uma cena pitoresca.

O roteiro era como o de Tom & Jerry, Pica-pau, Papa Léguas e tantos outros, onde no episódio inteiro, dois personagens competem, se esmurram, se explodem...

Esse dezenho engraçado tinha como protagonistas um cão e um lobo, empregados de uma fazenda de ovelhas.

O cão tentava o tempo todo proteger as ovelhas. O lobo, o tempo todo, tentava roubá-las. No final de um turno de trabalho (entenda-se: o show de pancadaria), ambos batiam o cartão de ponto e, abraçados, iam embora, enquanto entravam em cena outro lobo e outro cão para a próxima jornada.

Lendo no blog do Elias Lacerda, um texto sobre a disputa entre o poder público municipal e o poder público estadual, em torno da administração do Hospital Alarico Nunes Pacheco, recordei das cenas engraçadas vivenciadas pelos protagonistas da minha diversão pueril.

O caso é o seguinte: Quando o grupo político de Chico Leitoa administrava Timon, reivindicava a municipalização do hospital, que na ocasião, era administrado pelo grupo da então deputada governista Socorro Waquim. Na época, Socorro era contra a municipalização.

Agora, é o grupo da prefeita Socorro Waquim que adiministra Timon e reivindica a municipalização do Alarico. O grupo de Chico Leitoa, aliado do governo do Estado, não quer nem ouvir falar no assunto.

Qualquer semelhança entre a obra de ficção e a realidade é mera coincidência.

Para mim a fazenda se parece com o Hospital Alarico Pacheco. Eu, que acompanhei alguns episódios da arenga real, continuo espectador. O cão, o lobo e as ovelhas ficam por conta da imaginação do leitor.

TSE mantém multa de R$ 21 mil à TV Mirante


José Delgado
Foto: agência TSE

O ministro José Delgado, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou provimento a recurso da TV Mirante que pedia a suspensão da multa de R$ 21,2 mil aplicada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão por tratamento privilegiado à senadora Roseana Sarney (PMDB), então candidata à governadora do estado em 2006.

O TRE-MA aplicou a multa por entender que a TV Mirante privilegiou a candidata ao divulgar entrevista do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, “acompanhada de explícita manifestação em favor dessa candidatura”, na página eletrônica da empresa.

O Acórdão do TRE-MA se fundamenta no artigo 45 da Lei eleitoral(9.504/97).

O inciso IV da referida lei, diz que é vedada às emissoras de rádio e televisão "dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;"

Para o tamanho da empresa, eu acho que o valor da multa é irrisório, mas que sirva de exemplo.

Fonte: http://agencia.tse.gov.br/

10 janeiro, 2008

Lobão poderá ocupar a pasta das minas e energia

O senador maranhense Edson lobão está cotado para assumir o ministério das minas e energia.

A notícia circula na imprenssa nacional.


A seguir trecho da matéria que publicou O correio do Brasil (http://www.correiodobrasil.com.br).

A indicação do senador Edison Lobão (MA) para o Ministério das Minas e Energia é aguardada por todos os círculos políticos de Brasília, principalmente dentro do PMDB, para as próximas horas.

Esta foi a forma encontrada pelo Planalto, que negocia outros cargos na máquina pública, como forma de garantir o apoio político do Senado às recentes medidas econômicas adotadas para surprir o déficit orçamentário, causado pelo fim da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).

Segundo observadores da cena política, o PMDB receberá do presidente Luiz Inácio Lula da Silva cerca de 15 cargos importantes e ainda vagos na administração.

Além da pasta de Minas e Energia, o PMDB também poderá ocupar a diretoria Internacional da Petrobrás. O posto foi oferecido a Jorge Luiz Zelada, segundo informação vazada para setores da imprensa.

08 janeiro, 2008

PT empossa nova diretoria no dia 13


O Partido dos Trabalhadores de Timon, empossa o novo diretório no próximo domingo, dia 13 de janeiro.

Em solenidade aberta ao público, o partido pretende fazer da posse, o primeiro fato político do ano de 2008.

Para isso a comissão organizadora do evento convidou petistas de peso dos Estados do Piauí e Maranhão.

A solenidade que se dará no Centro de treinamento Professor Wall Ferraz, terá início ás 09:00 da manhâ e se encerrará às 11:00 com um coquetel.