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11 janeiro, 2008

O Cão, o lobo e as ovelhas da fazenda pública

Quando eu era criança, e isso faz muito tempo, eu via na televisão, um desenho animado que eu achava muito bom.

Embora, não me lembre do nome dos personagens e o roteiro seja muito conhecido, esse dezenho não me sai da memória porque sempre terminava cada episódio com uma cena pitoresca.

O roteiro era como o de Tom & Jerry, Pica-pau, Papa Léguas e tantos outros, onde no episódio inteiro, dois personagens competem, se esmurram, se explodem...

Esse dezenho engraçado tinha como protagonistas um cão e um lobo, empregados de uma fazenda de ovelhas.

O cão tentava o tempo todo proteger as ovelhas. O lobo, o tempo todo, tentava roubá-las. No final de um turno de trabalho (entenda-se: o show de pancadaria), ambos batiam o cartão de ponto e, abraçados, iam embora, enquanto entravam em cena outro lobo e outro cão para a próxima jornada.

Lendo no blog do Elias Lacerda, um texto sobre a disputa entre o poder público municipal e o poder público estadual, em torno da administração do Hospital Alarico Nunes Pacheco, recordei das cenas engraçadas vivenciadas pelos protagonistas da minha diversão pueril.

O caso é o seguinte: Quando o grupo político de Chico Leitoa administrava Timon, reivindicava a municipalização do hospital, que na ocasião, era administrado pelo grupo da então deputada governista Socorro Waquim. Na época, Socorro era contra a municipalização.

Agora, é o grupo da prefeita Socorro Waquim que adiministra Timon e reivindica a municipalização do Alarico. O grupo de Chico Leitoa, aliado do governo do Estado, não quer nem ouvir falar no assunto.

Qualquer semelhança entre a obra de ficção e a realidade é mera coincidência.

Para mim a fazenda se parece com o Hospital Alarico Pacheco. Eu, que acompanhei alguns episódios da arenga real, continuo espectador. O cão, o lobo e as ovelhas ficam por conta da imaginação do leitor.

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