Observando estas multiões, sinto que carecem de uma pauta de reivindicações. Noto que por falta desta, o ambiente tem se tornado propício às forças conservadoras que começem a emergir e a dá direcionamento ao movimento, num sentido que nos levará a retrocessos políticos.
Por outro lado, percebo a existência de uma insatisfação generalizada com o sistema político. Sedes dos poderes legislativos e executivos nas três esferas de governo, são alvos de ataques da multidão enfurecida. Isto é sintomático. Claro que não é sem razão. Nosso sistema está carcomido. Uma reforma política profunda já estaria hoje bastante atrasada e não há se quer, sinais de que esteja a caminho.
Mas eu quero ir pra rua. Creio que é oportuno, justo e necessário, lenvantar a bandeira de uma reforma política já. Uma reforma que desmantele este sistema podre e que promove a corrupção. É hora de pressionar o congresso para que aja urgentemente, no sentido de realizar as reformas necessárias. Do meu ponto de vista, tal reforma deve passar, no mínimo, pelos seguintes pontos:
- Definição de uma nova modelagem ao sistema de financiamento das campanhas;
- Fim da reelição (executivo e legislativo);
- Fim das coligações proporcionais;
- Exigência de qualificação específica aos candidatos a cargos eletivos.
Não pretendo aqui declarar que domino toda a verdade dos fatos. Não quero dizer que tenho a solução para a crise já instalada. No entanto, quero chamar os amigos ao debate. Como construtor social, imagino poder dar minha contribuição e pôr um pouco de argamassa no soerguimento do edifício social.
Timon, 24 de junho de 2013.
Weliton Oliveira
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